quarta-feira, 3 de janeiro de 2018
Os 10 Melhores Filmes Brasileiros de 2017
2017 foi especialmente marcante para o cinema nacional. Apesar de as bilheterias não terem sido tão espetaculares, a qualidade dos filmes melhorou a olhos vistos. Não são apenas três ou quatro exceções, houveram pelo menos 20 ótimos lançamentos.
A minha lista destaca dez deles e é injusta com muitos outros que ficaram de fora. Por isso recomendo a vocês: Prestigiem o cinema brasileiro!
1. Corpo Elétrico (Elias - Kelner Macêdo - é estilista numa pequena confecção do centro de São Paulo. Ele mantém pouco contato com a família na Paraíba, e passa seus dias entre o trabalho e os encontros com outros homens. Quando ele começa a fazer amizade com os outros funcionários, é desencorajado pelo chefe. Mas Elias não gosta muito de máquinas, ele prefere gente. Um lindo filme sobre o ser humano, apesar das diferenças, poder coexistir harmonicamente) (veja a crítica)
2. O Filme da Minha Vida (O jovem Tony - Johnny Massaro - retorna à cidade natal e descobre que seu pai - Vincent Cassel -, voltou para França, abandonando a mãe. Ele consegue emprego como professor e resolve sair em busca do pai. Selton Mello parece ter encontrado sua voz como diretor. Uma voz doce, carregada de nostalgia e da sensibilidade de quem entende muito bem o que se passa no íntimo de suas personagens. Mas também é a voz de um artesão rigoroso, caprichoso em cada detalhe) (veja a crítica)
3. Bingo, o Rei das Manhãs (Biografia disfarçada do primeiro ator a representar o palhaço Bozo no Brasil. Dirigido por Daniel Rezende, o filme tem um ritmo raro e uma atuação excepcional de Vladimir Brichta. O filme foi a escolha brasileira para concorrer ao Oscar, mas passou longe de uma indicação) (veja a crítica)
4. Pendular (Em um galpão abandonado, um casal de artistas contemporâneos observa a arte, a performance e sua intimidade se misturarem. Dirigido opor Júlia Murat, não é uma obra fácil, mas é muito elaborada e inteligente. É um daqueles filmes que nos estimula a pensar, não apenas sobre ele, mas sobre a vida) (veja a crítica)
5. Entre Irmãs (No interior de Pernambuco, nos anos 30, duas irmãs - Nanda Costa e Marjorie Estiano -, separadas pelo destino, terão que enfrentar as dificuldades do sertão e da cidade. Um épico folhetinesco, com romances e dramas exarcebados, que nas mãos do habilidoso Breno Silveira, consegue emocionar até os mais mal humorados) (veja a crítica)
6. Vazante (No início do século dezenove, em uma fazenda imponente e decadente, situada na região dos diamantes em Minas Gerais, brancos, negros nativos e recém-chegados da África sofrem com os conflitos e a incomunicabilidade gerada pela solidão e pelas tensões raciais. A diretora Daniela Thomas reconstrói com maestria as dificuldades cotidianas e da convivência forçada nas fazendas de então entre patrões e escravos) (veja a crítica)
7. Mulher do Pai (Uma adolescente precisa cuidar do pai cego - Marat Descartes -, após a morte da avó que os criou como irmãos. Quando ele percebe o amadurecimento da filha, surge uma desconcertante intimidade entre eles. Mas, com a chegada de Rosário, o ciúme ganhará espaço na vida de ambos. O novo cinema brasileiro passa necessariamente pelo olhar feminino. A cineasta Cristiane Oliveira estreia na direção de longas com um trabalho minucioso sobre um roteiro recheado de nuances e significados que vão além da superfície) (veja a crítica)
8. Gabriel e a Montanha (A história real de Gabriel Buchmann, um jovem aventureiro brasilero que decide ir para a África. Durante a viagem, Gabriel decide subir o Monte Mulanje, um dos mais altos do Malawi, mas por conta disso sua história se torna trágica. Fellipe Barbosa compôs um filme complexo e tenso. Utiliza um tom documental sem julgar seu protagonista e nos deixa tirar nossas próprias conclusões) (veja a crítica)
9. Divinas Divas (dirigido por Lendra Leal, este ótimo documentário aborda a primeira geração de artistas travestis do Brasil.na década de 1970,O filme acompanha o reencontro das artistas para a a montagem de um espetáculo, trazendo para a cena as histórias e memórias de uma geração que revolucionou o comportamento sexual e desafiou a moral de uma época)
10. Pitanga (Dirigido por Camila Pitanga, documenta a vida de Antônio Pitanga, um dos maiores atores do cinema nacional de todos os tempos, protagonista de momentos marcantes da cinematografia brasileira nas décadas de 1960 e 1970. Uma linda e merecida homenagem)
Outros filmes que poderiam e deveriam fazer parte desta lista:
- As Duas Irenes
- Como Nossos Pais
- Divórcio
- A Cidade Onde Envelheço
- Fala Comigo
- No Intenso Agora
- Eu Fico Loko
- Redemoinho
- TOC - Transtornada Obsessiva Compulsiva
- Jonas e o Circo de Lona
- Esteros
- Martírio
- Era o Hotel Cambridge
- Amor.com
Veja ainda: "Os 10 Melhores Filmes Estrangeiros de 2017"
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MUITO OBRIGADO POR DEFENDER E PRESTIGIAR O CINEMA BRASILEIRO!
ResponderExcluirfalar de filme brasileiro é complicado,demora para sair filme bom e quando sai,quase ninguém nota,dessa lista eu só assisti Bingo, o Rei das Manhãs,eu achei o filme bem ruim,o filme não explica muita coisa,o filme não é nem um pouco engraçado,conseguiram fazer um drama com uma história de palhaço
ResponderExcluirO FILME BINGO É UMA OBRA-PRIMA, UM RECORDE DENTRO DO GÊNERO CINEBIOGRAFIA! O CINEMA BRASILEIRO SEMPRE TEVE QUALIDADE, MERECE SER PRESTIGIADO!
ResponderExcluirOlá! Muito boa lista, vou tentar assistir alguns dos filmes que ainda não conheço.
ResponderExcluirTambém adorei Corpo Elétrico, mas na minha opinião o melhor filme do ano foi Martírio, do Vincent Carelli (que foi inclusive mencionado ao fim da lista); acho que é um documentário muito importante que todo brasileiro deveria assistir.
Outro filme que não foi mencionado mas achei super legar foi A Família Dionti, recomendo muito!!