terça-feira, 15 de janeiro de 2019

10+ Filmes de Hirokazu Koreeda

Hirokazu Koreeda é o mais importante cineasta japonês em atividade e, provavelmente, o melhor autor de filmes sobre 'família' no cinema atual.
Nascido em Tóquio em 1962, estudou literatura, mas logo decidiu-se pelo cinema.
Costuma ser comparado ao clássico diretor Yasujiro Ozu, mas admite-se mais influenciado pelo britânico Ken Loach.
Em seus filmes, os atores e temas costumam se repetir. Há sempre uma peça faltando nas famílias que retrata, mas há também muita delicadeza neste retrato que ele produz.
Apesar de algumas diferenças culturais óbvias entre o povo japonês e nós ocidentais, o ser humano é sempre parecido e não há como não nos identificarmos com a maior parte das situações abordadas.
Esta lista deveria ter 10 filmes, mas já que Koreeda dirigiu 12 longas de ficção até esta data, preferi falar de todos eles.

1. Andando
2008. Num dia de verão, um filho e uma filha, já adultos, vão, com as respectivas famílias, visitar os pais idosos. O objetivo do encontro é honrar a memória do filho mais velho, que morreu afogado quinze anos antes, ao salvar o irmão. O conforto da velha casa dos pais, vai dando lugar aos ressentimentos adormecidos, tornando o clima insuportável. Koreeda gosta de imagens simbólicas, como ao destacar a estatura do filho em relação ao pé direito da casa, sempre tendo que se abaixar, como quem já não cabe mais ali. É um filme belíssimo, meu favorito do diretor, que deixa um nó na garganta do espectador.

2. Assunto de Família
2018. O filme que deu finalmente a Palma de Ouro de Cannes a Koreeda. O roteiro engenhoso parece juntar ideias de alguns de seus filmes anteriores,as mais óbvias de 'Depois da Tempestade' e 'Ninguém Pode Saber'. Uma família nada convencional e absolutamente amoral se une na casa de uma velha senhora, com objetivo comum de sobreviver, ainda que a custa de pequenos e grandes golpes. Cada um tem sua própria história e seus motivos para estar no grupo e o filme desvenda isso aos poucos.  

3. Pais e Filhos
2013. A vida de um homem de negócios sofre uma grande transformação quando ele descobre que está criando o filho de outro casal há seis anos, já que seu filho biológico foi trocado por engano na maternidade. O diretor desenvolve um melodrama sem maniqueísmo e sem solução fácil. Expõe as complicadas nuances da paternidade em diversos níveis. Constrói ainda algumas sequências geniais, como a do reencontro entre pai e filho num caminho que se separa e volta a convergir. Comovente e genial. 

4. Nossa Irmã Mais Nova
2015. Um drama sensível sobre três irmãs que vão ao enterro do pai, onde conhecem sua meia-irmã adolescente e a convidam para morar com elas. Desta convivência descobrem os pontos que há em comum entre elas e com o falecido pai. Sensível e delicado, não exagera nos dramas, privilegia a integração harmônica da garota ao novo ambiente. 

5. Ninguém Pode Saber
2004. Quatro irmãos mudam-se com sua mãe para um pequeno apartamento em Tóquio. Apenas o filho mais velho entra normalmente no novo lar, os demais chegam escondidos em malas. Ninguém pode ficar sabendo que mais de três pessoas vivem ali, sob o risco de serem expulsos. Tudo vai bem até que a mãe os abandona, deixando para o filho mais velho de 12 anos, um bilhete e um pouco de dinheiro. Começa então o duro processo de amadurecimento precoce do garoto. Como em qualquer grande cidade, as crianças passeiam como fantasmas pelas ruas, sem serem percebidos, verdadeiros párias sociais. A empatia que elas nos despertam quase nos deixa sem ar. Baseado numa história real, foi o primeiro grande sucesso de Koreeda. 

6. Depois da Tempestade
2016. O Japão está prestes a receber o 23º tufão do ano. A matriarca Yoshiko, uma mulher idosa que mora sozinha, recebe a visita de dois filhos que não costumam ir à sua casa: ele é um escritor fracassado que ainda sofre com o divórcio e vive de bicos como detetive, e a filha mais velha, que tenta passar por exemplo da família, também tem seus problemas. Juntos, eles aguardam a chegada do tufão e relembram a morte recente do pai. No espaço exíguo do apartamento da mãe, as relações tendem a ficar mais tensas, as pessoas se esbarram e nunca chegam a uma distância confortável. Mesmo o esconderijo no playground é claustrofóbico. Um Koreeda mais intimista. Um pequeno grande filme.

7. O Que Eu Mais Desejo
2011. Depois do divórcio de seus pais, o irmão mais velho vai morar com sua mãe na casa dos avós, enquanto o irmão mais novo fica com o pai, guitarrista em outra cidade. O maior sonho do garoto é ver sua família reunida novamente e para isso elabora um complicado plano, que envolve a energia mágica gerada do cruzamento de dois trens bala. Delicado, ingênuo e comovente, conta através da visão das crianças que nossos sonhos infantis permanecem por toda nossa vida. É apenas lindo, 

8. Depois da Vida
1998. Depois de morrer, cada indivíduo passa por um processo onde é aconselhado por mortos mais antigos na tarefa de escolher uma lembrança que será a única memória que eles poderão levar para o além-vida e descrevê-lo para uma equipe de cineastas filmar essa recordação. Uma ideia estranha e original, que chamou a atenção do cineasta no ocidente. Se encaixa nos temas de Koreeda, na medida que preeenchem o outro lado dos personagens ausentes nos demais filmes.

9. Boneca Inflável
2009. Um garçom de meia idade vive sozinho com uma boneca inflável, que trata como se fosse uma mulher de verdade, contando de seu dia, cuidando dela e, claro, tendo relações sexuais. Um dia, sem que ele perceba, a boneca ganha vida e sai para explorar o mundo. As alegorias à vida moderna são óbvias, mostrando um mundo onde as pessoas são vazias e o dia a dia mecanizado. Quando ela descobre que tem um coração, também conhece o amor e o senso de maternidade. 

10. A Luz da Ilusão
1995. Aos 12 anos, uma menina testemunha o desaparecimento de sua avó, quando esta decide voltar à sua cidade natal para que possa morrer. Anos depois, a moça se casa com um amigo de infância, com quem tem um filho. Até o dia em que, sem explicação, ele se suicida. Com medo de perder tudo novamente e com um sentimento de culpa, cinco anos mais tarde, ela se casa novamente. Mas os pesadelos do passado nunca vão deixá-la em paz novamente. Um drama valorizado pela interpretação contida de Makiko Esumi. Primeiro longa de Koreeda.

11. O Terceiro Assassinato
2017. Um advogado de elite obrigado a defender o suspeito de assassinato de um industrial. O acusado já cumprira pena por outro assassinato há 30 anos e não tem problemas em se considerar culpado, mesmo com a provável pena de morte a qual seria condenado. Ao investigar familiares do suspeito e da vítima, o advogado passa a ter dúvidas sobre a autoria do crime. Um filme policial intrigante, com a digital do diretor impressa.

12. Tão Distante
2004. Membros de um culto religioso realizaram um ataque terrorista ao abastecimento de água de Tóquio, matando centenas e envenenando milhares, para, em seguida, cometem um suicídio em massa às margens de um lago. Desde o acontecimento, três anos antes, alguns familiares dos membros da seita se encontram anualmente no lago para prestar homenagem aos seus entes queridos. Em flashbacks, conhecemos um pouco do que teria levado aquelas pessoas a um ato tão absurdo e o impacto que isso teve nas famílias, também vítimas. Belo filme.








quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Os 10 Melhores Filmes Nacionais de 2018

Esta lista refletem um escolha pessoal do editor e obedece critérios subjetivos, por isso raramente surgirão duas listas iguais.
O critério aqui são os filmes brasileiros lançados no circuito comercial de cinemas no país no ano de 2018. 
Espero que as indicações desta lista ajudem a valorizar alguns filmes que podem ter passado despercebidos pelo grande público.

1. Ex-Pajé
Brasil 2018 - 81' - Direção e Roteiro: Luiz Bolognesi
Num momento em que a identidade indígena é rebaixada pelas políticas públicas, este misto de drama e documentário é mais que relevante, é necessário.
Um outrora poderoso pajé passa a questionar sua fé depois de uma missão evangelizadora intolerante impor sua própria cultura à aldeia.
Belíssimo filme de Bolognesi, possivelmente o único nacional de 2018 que vai ficar na minha memória.

2. Paraíso Perdido
Brasil 2018 - 110' - Direção: Monique Gardenberg
Um clube noturno gerenciado por Erasmo Carlos e movimentado por apresentações musicais ultra românticas de sua família nada convencional.
O melhor filme da diretora, conduzido como um poema brega, sempre um tom acima da realidade, mas bem amarrado e agradável.

3. O Animal Cordial
Brasil 2017 - 96' - Direção: Gabriela Amaral Almeida
Murilo Benício é o dono de um restaurante, sempre em atrito com os funcionários. Quando o estabelecimento é assaltado a situação sai completamente do controle.
Um filme de terror criativo e violentíssimo, com muito humor negro e crítica social, representada na variedade dos personagens e suas características extrapoladas além dos limites.
Agradável surpresa de uma talentosa diretora estreante em longas.

4. Benzinho
Brasil / Uruguai / Alemanha 2018 - 95' - Direção: Gustavo Pizzi
Karine Teles é uma mulher de classe média baixa, lutando com as instabilidades de seu marido, de sua irmã e tendo que encarar a saída de seu primogênito de casa para jogar handball na Alemanha.
Um show da atriz em um personagem amoroso, sobre um roteiro cotidiano, mas complexo como a vida real.  

5. Todas as Razões para Esquecer
Brasil 2018 - 91' - Direção e Roteiro: Pedro Coutinho
Ao fim de um relacionamento, um jovem acreditava que não teria dificuldades em esquecer a ex-namorada. Mas à medida que o tempo passa, a dor da perda só aumenta.
Johnny Massaro consegue capturar nossa empatia ao retratar com perfeição essa fraqueza. Uma comédia romântica muito acima da média.

6. Arábia
Brasil 2017 - 97' - Direção: Affonso Uchoa e João Dumans
As memórias da vida difícil de um operário metalúrgico sempre marginalizado pelo interior de Minas, contada a partir do seu diário, encontrado por um jovem.
Um drama da vida de pessoas simples, que quase toca o panfletário, mas escapa graças à direção segura. 

7. Alguma Coisa Assim
Brasil / Alemanha 2017 - 81' - Direção e Roteiro: Esmir Filho e Mariana Bastos
A relação de amizade entre dois jovens, intercalado entre três momentos distintos de suas vidas ao longo de 10 anos, nas ruas de São Paulo e de Berlim.
Complemento de um curta metragem de 2006, tem o frescor da sinceridade e cumplicidade tanto entre os atores, quanto os diretores.

8. Yonlu
Brasil 2017 - 88' - Direção e Roteiro: Hique Montanari
A história de um personagem real, Vinícius Gageiro, mais conhecido como Yonlu, um jovem poeta, músico e desenhista. Apesar de tanto talento, em 2006, aos 16 anos, ele decidiu dar fim à sua vida, com a ajuda de uma comunidade virtual de potenciais suicidas.
O diretor opta por um registro experimental, que rende belas sequências, embalado pela música do próprio Yonlu. Não é um filme fácil, mas é ousado e interessante.

9. As Boas Maneiras
Brasil / França / Alemanha 2017 - 135' - Direção: Juliana Rojas e Marco Dutra
Uma mulher grávida e sozinha contrata uma enfermeira para ser babá de seu filho ainda não nascido. Conforme a gravidez vai avançando, ela começa a apresentar comportamentos cada vez mais estranhos e sinistros hábitos noturnos que afetam diretamente a babá.
Rojas e Dutra já criaram um universo próprio que mistura terror, música e crítica social, que ainda assim nos surpreende a cada nova obra. Seu maior mérito é conseguir que nos identifiquemos com as situações mais absurdas e relevemos eventuais desvios éticos das personagens.

10. Baronesa
Brasil 2017 - 71' - Direção: Juliana Antunes
Duas amigas vivem em uma comunidade de Belo Horizonte, quando uma guerra entre traficantes deixa o clima tenso, e uma delas passa a se organizar para construir uma casa numa região mais distante.
Um documentário fluido, que consegue colocar a câmera num cotidiano feminino pouco familiar da nossa realidade.

Outros Destaques:
  • Unicórnio
  • Quase Memória
  • Praça Paris
  • Ferrugem
  • Aos Teus Olhos
  • 10 Segundos para Morrer
  • Uma Quase Dupla
  • Todo Clichê de Amor
  • O Paciente
  • O Segredo de Davi
  • O Beijo no Asfalto
  • Tinta Bruta
  • Diamantino





terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Os 10 Melhores Filmes de 2018

Desde 2009, este blog escolhe os melhores do ano, mas refletem uma escolha pessoal do editor e obedece critérios subjetivos, por isso raramente surgirão duas listas iguais.
O critério aqui são os filmes não brasileiros (que terão lista própria) lançados no circuito comercial de cinemas no país no ano de 2018. 
Espero que as indicações desta lista ajudem a valorizar alguns filmes que podem ter passado despercebidos pelo grande público.

1. Visages, Villages
França 2017 - 89' - Direção e Roteiro:  Agnès Varda e JR
Aos 88 anos, Varda continua mostrando a mesma vitalidade e o mesmo olhar artístico que a tornou uma das expoentes da Nouvelle Vague.
Neste novo projeto, ela se une ao fotógrafo e muralista JR numa viagem pela França profunda para captar um pouco da alma dos vilarejos e seus habitantes.
Viajam dentro de uma van adaptada como estúdio fotográfico e impressora de imagens gigantes, que eles irão aplicar em velhos muros e prédios, dando vida a eles.
O impacto de se ver retratados nas paredes de sua comunidade varia de pessoa para pessoa, mas nunca provoca indiferença.
A colaboração entre dois artistas de gerações tão distintas funciona magicamente porque eles parecem ter a mesma sensibilidade de enxergar a arte onde quer que ela esteja.
Um documentário leve e delicioso, que merece ser visto.

2. Me Chame Pelo Seu Nome
Itália / França / Brasil / EUA 2017 - 132' - Direção:  Luca Guadagnino
Não por acaso, as histórias de amadurecimento tornaram-se uma constante no cinema. Afinal, o primeiro amor e a descoberta do sexo são dos momentos mais intensos da natureza humana.
A história aqui é menos importante do que a forma. O diretor Guadagnino aproveita a paisagem, cores e texturas do verão italiano para dar ritmo aos seus personagens. Tudo é parte do mesmo universo, que exala calor e sensualidade.
Chamalet é um ator instintivo, mas de grandes recursos. Nada escapa aos olhos do seu Elio, este é o seu verão, da sua transformação. Algumas vezes ele nos lembra que é apenas um adolescente, em outras ele domina a situação. 
A sequência final é sensacional - sem spoiler -, no frio do inverno, ele fixa o olhar do calor de um verão em que tudo mudou. Valeu a jornada.
Um filme pequeno, rico em sensações, como o cinema deveria ser.

3. Sem Amor
Rússia / França / Alemanha / Bélgica / EUA 2017 (127') - Direção: Andrey Zvyagintsev
Um casal está se divorciando e se preparam para suas novas vidas, ele com sua nova namorada grávida e ela com seu parceiro rico. Com tantas preocupações eles acabam não dando atenção ao filho, que acaba desaparecendo misteriosamente. 
Assustadoramente pessimista, uma obra que tira o ar do espectador e qualquer esperança na humanidade. Triste e trágico, mas muito bem construído.

4. Culpa
Dinamarca 2018 - 85' - Direção: Gustav Möller
Um policial está suspenso do trabalho nas ruas e é encarregado de receber ligações de emergência e apenas transmitir às delegacias responsáveis. A chamada de uma mulher desesperada, aparentemente sequestrada pelo ex-marido inicia uma corrida contra o relógio para evitar que uma tragédia aconteça. 
Um filme genial que, mesmo se passando em apenas duas salas, nos tira o fôlego tentando imaginar o que estaria acontecendo do outro lado da linha. Grande atuação de Jakob Cedergren e direção brilhante do estreante Möller.

5. Em Chamas
Coreia do Sul 2018 - 148' - Direção: Chang-dong Lee
Um rapaz que trabalha como entregador, rencontra uma antiga amiga de infância. A garota está com uma viagem marcada para o exterior e pede para Jong-soo cuidar de seu gato enquanto está longe. Quando ela volta, vem na companhia de um jovem misterioso que conheceu na África. Forma-se aí um triângulo amoroso tenso e difuncional, com segredos que vão se revelando aos poucos.
Um thriller instigante, sensual, divertido e, principalmente inesperado. O velho e bom cinema coreano sempre presente nas listas.


6. Infiltrado na Klan
EUA 2018 - 135' - Direção: Spike Lee
Em 1978, um policial negro do Colorado, conseguiu se infiltrar na Ku Klux Klan local, através de telefonemas, mas quando precisava estar fisicamente presente enviava um outro policial branco no seu lugar.

Fazia tempo que Lee não mostrava seu talento, conseguindo extrair ritmo, tensão e comédia de sua agenda habitual. John David Washington, filho de Denzel, se destaca no papel central e uma atuação cheia de nuances.

7. Custódia
França 2017 - 93' - Direção: Xavier Legrand
Um casal se divorcia e, para garantir a proteção de seu filho do pai violento, a mãe pede a custódia exclusiva. O juiz, no entanto, acaba concedendo custódia compartilhada aos dois. Na batalha entre os pais, quem sofre as consequências será o filho.

Um drama sobre relacionamento, que acaba evoluindo para o horror da violência doméstica. Uma muito relevante nos dias atuais, dirigido e interpretado com segurança.

8. Em Pedaços
Alemanha / França 2017 - 106' - Direção: Fatih Akin
Após cumprir pena por tráfico de drogas, um imigrante turco leva uma vida tranquila com a esposa o filho pequeno em Berlin. Certo dia, ele e o menino estão no escritório e morrem vítimas de uma explosão terrorista. A viúva começa então uma batalha pela punição dos culpados.

Um drama atual que é elevado graças à excepcional atuação de Diane Kruger.

9. Projeto Flórida
EUA 2017 - 111' - Direção: Sean Baker

Nas imediações do mundo de fantasia da Disney, a realidade das famílias que vivem nos "projects" (habitações sociais em moteis decadentes) choca pela precariedade dramática. As crianças são o foco central do filme, sobrevivendo sobre os entulhos de uma sociedade falida. Um filme corajoso, muito premiado, com destaque para a bela atuação de Willem Dafoe, quase um alterego do espectador, discreto e empático. Lindo.


10. Trama Fantasma
EUA / Reino Unido - 130' - Direção: Paul Thomas Anderson
Na década de 1950, um renomado estilista veste grandes nomes da realeza e da elite britânica. Sua inspiração vem das mulheres que constantemente entram e saem de sua vida, até que conhece sua musa, uma mulher forte e inteligente que vira o jogo e passa a dominá-lo.
Belíssimo estudo de personagens de Anderson, misterioso e fluido. Muito valorizado por Daniel Day Lewis, provavelmente o melhor ator em atividade.


Outros destaques:

  • Viva, a Vida é uma Festa (Coco)
  • 120 Batimentos por MInutos (120 Battements per Minute)
  • Os Iniciados (Inxeba)
  • O Ódio que Você Semeia (The Hate U Give)
  • The Square: A Arte da Discórdia (The Square)
  • Minha Filha (Figlia Mia)
  • O Insulto (L'Insulte)
  • A Forma da Água (The Shape of Water)
  • Com Amor, Simon (Love, Simon)
  • Jogador Número Um (Ready Player One)
  • Buscando... (Searching)
  • Nos Vemos no Paraíso (Au Revoir, le Haut)
  • Ilha dos Cachorros (Isle of Dogs)
  • Nasce uma Estrela (A Star is Born)
  • Podres de Ricos (Crazy Rich Asians)
  • Pantera Negra (Black Panther)
  • De Volta (Go Home)
  • Conquistar, Amar e Viver Intensamente (Plaire, Aimer et Courir Vite)
  • O Terceiro Assassinato (Sandome no Satsujin)
  • Um Lugar Silencioso (A Quiet Place)
  • O Motorista de Táxi (Taeksi Woonjunsa) 
  • Marvin (Marvin)
  • Bohemian Rhapsody (Bohemian Rhapsody)
  • Hereditário (Hereditary)
  • Vingadores, a Guerra Infinita (Avengers: Infinity War)
  • Tully (Tully)
  • Lady Bird: A Hora de Voar (Lady Bird)