quinta-feira, 17 de março de 2022

Todos os Indicados ao Oscar 2022 - Parte 1

Depois de um ano inteiro com os cinemas praticamente fechados, 2021 foi marcado pelo retorno gradual às salas. Mesmo assim, o streaming só continuou crescendo, marcando uma tendência clara.

A cerimônia está marcada para o próximo dia 27 de março e sempre gera interesse.

Esta primeira lista traz todos os indicados para melhor filme, com uma cotação e está na ordem da minha preferência. O que não significa que são meus palpites. Acredito que "O Ataque dos Cães" (The Power of the Dog vai vencer o prêmio principal e com méritos.

"Amor, Sublime Amor", a refilmagem de Steven Spielberg do clássico musical de 1961, consegue dar vida e atualidade. É perfeito em cada frame. Só é uma pena que as novas gerações não se engajem mais com o gênero. (veja o comentário

"The Power of the Dog" é um grande filme. Um western com um olhar contemporâneo e menos caricato dos filmes rurais americanos. Destacam-se a direção, o roteiro milimétrico e o elenco afinado. É o grande favorito ao prêmio. (veja o comentário)

A primeira parte da versão do livro de Frank Herbert é de uma beleza extasiante e sufocante. Quando comparado ao filme de David Lynch dá para entender a qualidade do trabalho de Denis Villeneuve. Deixa um gosto de "quero mais" e possivelmente será premiado apenas na sua conclusão.

O diretor Ryûsuke Hamaguchi cria uma viagem literal e simbólica ao autoconhecimento e aos arrependimentos do seu personagem. Uma obra que deve ser saboreada pacientemente, deixando-se envolver aos poucos.

Outro filme com a cara de seu diretor. Paul Thomas Anderson cria uma obra leve e divertida sobre um romance improvável na Los Angeles dos anos 1970. O casal central é interpretado por (excelentes) atores iniciantes o que só reforça sua jovialidade. 

Exagerado e escrachado, o filme de Adam McKay ataca sem meios tons o mundo das fake news e teorias conspiratórias. Pode não ser uma obra-prima, mas seu senso de atualidade o colocou nessa lista.

Refilmagem inferior do sucesso francês "A Família Bélier" de 2014, mas ainda assim, é bastante simpática. Difícil não gostar de seus personagens e dos atores. Mas tem aquele gostinho de telefilme.

As memórias do diretor Kenneth Branagh do período mais conturbado da sua Irlanda são apenas agrupadas, sem necessariamente ter um destino ou conclusão. É simpático e deve ser bem mais interessante para os envolvidos.

Outra refilmagem, desta vez de um clássico noir, pelas lentes do ótimo Guillermo del Toro. O problema está no roteiro um tanto truncado, que nos afasta em diversos momentos da necessária imersão. Esteticamente é impecável.

Um standard moldado nos manuais de storytelling que impregnaram o cinema e tv americanos no início do século. Além disso, o carisma de Will Smith trabalha contra ele mesmo na construção de um personagem tão desagradável quanto o próprio filme. 
 

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