sexta-feira, 18 de março de 2022

Todos os Indicados ao Oscar 2022 - Parte 2 - Os Protagonistas

É sempre muito forte a concorrência entre atores e atrizes no Oscar. Geralmente esses prêmios acabam sendo mais relevantes que categorias como melhor filme e direção.

Veja quais são os concorrentes deste ano, na minha ordem de preferência. Primeiro as atrizes e em seguida os atores. Destacando que competição entre as mulheres neste ano é muito mais forte que entre os homens.


A nomeação de Penelope serve como prêmio de consolação para um filme que merecia muito mais. O que não quer dizer que não mereça o prêmio. Na minha opinião, deveria vencer.


Stewart é um caso raro de um início como estrela de romances infanto-juvenis, que poderia condená-la a uma carreira inevitavelmente curta nesse filão, mas que desenvolveu-se numa excelente atriz ao escolher bons projetos e dar conta de personagens complexos. É o caso da perturbada princesa do ótimo filme de Pablo Larraín. Mereceu a indicação e eu não ficaria triste se ela ganhasse.


A inglesa Colman é um achado. Já venceu o Oscar em 2019 por "A Favorita" e foi indicada no ano passado por "Meu Pai". Não vai vencer desta vez, mas sua atuação como Leda é tão cheia de camadas que só alguém com tamanho talento poderia interpretá-la.


A impressionante transformação de Chastain na televangelista Tammy Faye é a melhor coisa desse filme irregular. Graças também ao excelente trabalho de maquiagem. A vitória no SAG dá a ela uma ligeira vantagem na corrida pelo Oscar e a pouco mais de uma semana da cerimônia, ela é a favorita. É uma boa atriz e não vai ser injusto se ganhar.


Na pele de Lucille Ball um ícone da cultura americana, Nicole não faz feio, não exagera nos trejeitos, mas também não consegue salvar o filme. Na velha academia, viciada em autoelogios, seria uma aposta certa. Na atual, suas chances são bem menores.


Desde que se destacou na série britânica "Sherlock", Cumberbatch vem ocupando seu espaço no cinema mainstream, inclusive com um personagem fixo no universo Marvel, o Dr. Strange. Sua escalação como Phil Burbank, um fazendeiro que esconde sua personalidade sob a pele áspera de um cowboy grosseiro foi uma ousadia da diretora Jane Campion e é um dos grandes acertos do filme. Ele é meu favorito ao prêmio deste ano.


Denzel poderia ganhar um Oscar todos os anos e estaria tudo bem. Seu lord Macbeth vale o ingresso em dobro. Pena que um filme em preto e branco, com diálogos originais de Shakespeare não será visto por muitos votantes. Quem puder, assista e aprenda!


Garfield é um queridinho de Hollywood, um cara simpático no papel de um... cara simpático. A vida de Jonathan Larson merecia mesmo um filme e Lin-Manuel Miranda fez um bom trabalho em sua estreia na direção. O carisma do ator o coloca na briga, mas um pouco atrás.


Quarta indicação do espanhol (que venceu por "Onde os Fracos não têm Vez") e o personagem menos interessante dentre eles. Indicado mais pelo lobby da produtora que pelo resultado. O curioso caso do filme que foi indicado pelo que poderia ter sido e não pelo que é. 


Will Smith é uma estrela desde a adolescência e a indústria o adora. Todo poder que ele adquiriu ao longo desses anos lhe deu o direito de errar feio na composição de um personagem polêmico, mas que nunca acha seu tom. Se ganhar, e é o grande favorito, será pela sua persona e não pelo filme.









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