A década de 60 foi bastante interessante. Ao mesmo tempo em que o cinema brasileiro – leia-se cinema novo – ganhava espaço internacional, o ambiente interno estava muito conturbado com repressão e golpe militar.
Ganhamos nossa única Palma de Ouro em Cannes, surgiu Glauber Rocha, a televisão começava a chegar aos lares e a produção ficou muito mais madura.
1. O Pagador de Promessas (1962 – Anselmo Duarte. ganhador da Palma de Ouro em Cannes, conta a história de um homem simples que é impedido de entrar numa igreja carregando uma cruz para cumprir sua promessa, feita a uma mãe de santo, pedindo a recuperação da saúde de seu burro. Baseado num argumento – genial – de Dias Gomes)
3. Vidas Secas (1963 – Nelson Pereira dos Santos. baseado na obra-prima de Graciliano Ramos, retrata a pobreza de uma família de retirantes nordestinos fugindo da seca e da fome. Bela fotografia, num filme comovente)
4. Noite Vazia (1964 – Walter Hugo Khouri. dois amigos contratam duas prostitutas, mas a noite de prazer acaba se transformado em um embate psicológico, com cada um revelando pouco a pouco suas angústias e ressentimentos. obra máxima do diretor, num dos melhores filmes do cinema novo. muita influência de Antonioni)
5. Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964 – Glauber Rocha. Um camponês simples, injustiçado numa partilha, acaba matando o coronel que o roubou. foge e acaba se juntando a um grupo religioso que luta contra os grandes latifundiários. Glauber criou uma estética própria, definindo o cinema novo e ganhando notoriedade internacional)
7. São Paulo S.A. (1965 – Luiz Sérgio Person. na época do surgimento da indústria automobilística no Brasil, um jovem torna-se gerente de uma fábrica de autopeças, tem uma vida confortável, mas não aceita os métodos do seu patrão. Interessante panorama da sociedade paulista da época)
8. Terra em Transe (1967 – Glauber Rocha. num país fictício chamado Eldorado, Jardel Filho é um jornalista e poeta que oscila entre diversas forças políticas em luta pelo poder. Uma alegoria crítica do país e da ditadura da época. um grande clássico do cinema novo)
9. O Bandido da Luz Vermelha (1968 – Rogério Sganzerla. misterioso assaltante de residências luxuosas
10. Macunaíma (1969 – Joaquim Pedro de Andrade. um herói preguiçoso, safado e sem nenhum caráter. Macunaíma nasceu na selva e de negro -Grande Otelo - virou branco - Paulo José. depois de adulto, deixa o sertão em companhia dos irmãos e vive várias aventuras na cidade. um compêndio de mitos, lendas e da alma do brasileiro, a partir do clássico romance de Mário de Andrade)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Todo comentário do Listas de 10 será moderado para evitar abusos.
Por isso mesmo, não são publicados imediatamente. Seja paciente!
Ao final de seu comentário, identifique-se! É chato conversar com anônimos.
Obrigado!